
Alan era um jovem sem muita perspectiva de vida, órfão, morava em uma casa simples que foi herdada de seus pais adotivos a qual partiram naturalmente em conseqüência da idade. Não possuía um trabalho fixo, fazia manutenção em microcomputadores que não lhe garantia uma renda fixa ao final do mês.
Não possuía parentes, em compensação, muitos amigos que enchiam principalmente os finais de semana sua casa. Um deles era Josué como se fosse um irmão, estavam sempre um ao lado do outro em todos os momentos.
Em seis de junho de mil novecentos e noventa e seis suas vidas iriam começar a se transformar quando, em uma manhã chuvosa e fria como a noite um telegrama é recebido por Alan. Uma suposta herança havia sido deixada em seu nome, no telegrama, uma prévia explicação de um imóvel deixado por um tio seu, irmão de seu pai de criação a qual nunca conhecera. Para mais detalhes o número de um telefone estampado para contato na parte inferior da folha logo à frente do logotipo do cartório em forma de castelo, o destinatário.
Alan ligou logo em seguida e recebeu mais detalhes da atendente que tinha uma voz muito sexy. Ela informou todos os detalhes, na verdade queria sua presença no cartório, mas este era muito distante, se localizava no sul do país, distante de Alan que morava no sudeste.
Uma casa era o que a moça de voz sexy do outro lado da linha lhe dizia e para sua surpresa ficava na cidade vizinha a sua. Informou então apenas os dados de sua localização para que ele pudesse conhecer do que se tratava. Mas para a aquisição do imóvel em definitivo teria de seguir para o sul.
- Talvez onde esse tio meu morasse – Pensou ele.
O mais estranho na verdade era a parte que Alan não conhecia. Esse seu tio de fato morava naquela casa nos anos quarenta e fugiu para o sul acusado de alguns assassinatos, lá foi detido assim que pos os pés, mas foi solto logo em seguida, pois não havia provas o suficiente. Recentemente havia desaparecido e foi encontrado na base de uma montanha de joelhos com várias velas derretidas pretas e vermelhas, ao seu lado um papel enrolado como se fosse um pergaminho, nele escritos vários nomes. Famílias inteiras desaparecidas na época de sua fuga a qual muitos o culpavam, seu corpo estava em estado avançado de decomposição.
O primeiro amigo com quem compartilhou a notícia foi Josué, ele possuía carro e insistiu para levar o amigo até o local, parecia estar até mais ansioso que o próprio dono. Josué iniciava seu expediente no trabalho somente na parte da tarde, combinou então que passaria na parte da manhã na casa de Alan por volta de nove horas, pelo que calcularam estaria na cidade vizinha nove e meia e mais alguns minutos até achar a casa então daria tempo de conhecerem o local e voltar sem que Josué se prejudicasse no trabalho. Neste dia em especial não voltaram mais a se falar, Alan que sempre dormiu tarde às nove horas já estava na cama, talvez pela ansiedade não dormisse ainda mais cedo.
Dia sete, as dez para as nove Josué já estava em frente à casa do amigo que ainda como era de se esperar estava levantando, o sol brilhante iluminava o frio tentando espantá-lo, mas sem sucesso. Alan ficou pronto somente por vota de nove e quinze quando entrou no carro, pararam rapidamente na padaria da esquina para tomar um breve café e aquecer seus ânimos. Conversaram pelo caminho e o principal assunto como era de se esperar, a casa. Alan não estava querendo nem saber dela, em qualquer estado que tivesse sua idéia era vendê-la e montar seu próprio negócio, não sabia o que exatamente, primeiro iria analisar qual seria o seu valor de venda e em segundo plano iria ver o que conseguiria.
Chegaram à cidade vizinha no horário previsto, esta uma cidadezinha pacata daquelas onde as pessoas ainda se cumprimentam nas ruas, depois de algumas informações seguiram para uma estrada que aos poucos as casas que estavam a sua volta se transformaram em um matagal e por fim o asfalto, dando início a uma estrada de terra que mais se parecia com uma rua, bem estreita. No endereço a qual o papel escrito à mão por Alan indicava, encontraram apenas uma pequena entrada que se não fosse por uma placa toda enferrujada de número seis no final não teriam encontrado. Josué já estava fazendo cara feia de ter de entrar naquele mato alto para reabrir o caminho que há muito tempo ninguém passava, seguindo em velocidade baixa muitos eucaliptos estavam ao lado tapando a entrada dos raios solares que agora lutavam para penetrar entre as folhas. Os eucaliptos pareciam milimétricamente alinhados um de cada lado da pequena entrada mostrando a perfeição de seu antigo dono. Quanto mais se aprofundavam, outras árvores se juntavam aos eucaliptos fazendo o sol lá fora desaparecer. Josué estava prestes a desistir da idéia de ter levado o amigo até aquele local, o mato que antes atrapalhava a chegada naquele parecia ter dado trégua, mas a mata densa a volta prevalecia.
Uma casa, que parecia estar muito afetada pelo tempo estava diante deles, as árvores estendiam seus galhos sobre ela, parecendo protegê-la, o chão com uma terra preta e improdutiva a sua volta não deixava que o mato intenso que desde a entrada os acompanhava crescesse. Um cenário bonito de imagens antigas que só observamos em pinturas, mas ao mesmo tempo amedrontador, pois era real.
Numa cidade do interior de Minas Gerais, chamada Ibiá, conta-se um "causo", que segundo os moradores não é ficção, mas sim realidade. Na década de 60, uma enfermeira, filha de criação de um grande fazendeiro, iria se casar. Linda era a senhorita, cabelos negros e longos, pele morena, corpo de violão, rosto de anjo, lábios carnudos e sensuais. (perai... isso é um "causo" ou um anúncio de massagens?) Seu noivo, um rapaz da cidade grande, segundo boatos, estaria mais interessado nas fazendas da família, do que na voluptuosa senhorita. Chegado o grande dia, tudo estava certo: Uma grande festa na fazenda, a capela já estava ornamentada e o padre se preparava tomando "alguns" cálices de vinho. os convidados chegavam aos poucos, e o comentário era que os noivos viajariam para a "Europa" em lua de mel. No grande momento, eis que entra na capela, a linda noiva, deslumbrando beleza e felicidade. Mas o noivo ao vê-la, corre e no meio da capela grita: - "Sinto Muito! Não a amo. E as fazendas do seu pai não são suficientes para comprar esse casamento." Em seguida o noivo foge e a pobre donzela, aos prantos, se tranca em seu quarto. Pela manhã, ao arrombarem a porta, deparam-se com uma cena horrorosa: A noiva, nua, só de véu e grinalda enforcara-se com lençóis. Estava pendurada no lustre do seu quarto. A data do casamento: 20 de Maio. Conta-se que até hoje, nesta mesma data, à meia noite, a linda noiva aparece, nua, cavalgando pelas ruelas da pequena Ibiá, dando gritos de horror e desespero!

Essa é uma Lenda Urbana muito antiga, perdida no tempo que uma senhora me contou quando eu era pequeno, espero que gostem.
Por volta de 1845 em uma cidadezinha do interior de Minas Gerais, havia essa Lenda Urbana sobre a árvore das almas. Tal árvore ficava em um bosque atrás da cidade, ela era enorme e oca. Tinha uma passagem imensa onde as pessoas podiam entrar dentro.
Nessa época acreditava-se que a árvore era abrigo para centenas de almas de mulheres as quais a origem é desconhecida. Acreditava-se também que elas eram as guardiãs da cidade, mantinham os maus espíritos longe e ajudavam a cidade a prosperar. Uma vez por ano, na sexta-feira santa a meia noite, elas saiam da árvore para uma procissão pela cidade. Caminhavam por todas as ruas da cidade, cada uma com sua vela na mão dando sua benção. Os moradores por sua vez, em respeito às mulheres deveriam ficar dentro de casa, com as janelas e cortinas fechadas até que a procissão terminasse.
Em uma dessas procissões, uma garota da cidade resolveu olhar pela janela. Ela ficou maravilhada, centenas de mulheres vestidas de branco, com uma vela grande na mão, recitando algo que não se podia ouvir. Ela notou que as mulheres não eram seres comuns, pois seus corpos eram meio transparentes e luminosos.
Maravilhada com o que vira, ela abriu sua janela, saltou e foi seguindo as mulheres. Quando a procissão terminou as mulheres voltaram para o bosque. A garota hesitou um pouco em segui-las, mas pensou, se já foi tão longe era melhor ir até a árvore.
De longe e atrás de alguns arbustos ela avistou a árvore e as mulheres foram entrando dentro e desaparecendo. A última mulher da fila parou antes de entrar, virou-se para a garota e olhou-a nos olhos e começou a andar em sua direção. A garota por alguma razão não sentiu medo e esperou o fantasma se aproximar. A mulher lhe estendeu a vela.
“Um presente por sua coragem.” – disse a fantasma sorrindo.
“Obrigado.” – respondeu a garota sem reação.
A mulher voltou para a árvore, antes de entrar olhou a garota novamente e desapareceu. Quando a garota olhou de novo para a vela, esta tinha se transformado em um fêmur. Assustada ela correu para casa e contou a seus pais o que havia ocorrido.
Os pais muito preocupados a mandaram de volta ao bosque e disseram que ela deveria enterrar o fêmur de baixo da árvore, pois eles não queriam um osso humano em casa. A menina foi vista pela última vez entrando no bosque. Suas pegadas podiam ser vistas até a árvore, mas ali ela não estava.
Diz a lenda que a garota pode ser vista durante a procissão, ela vai levando sua vela, no último lugar da fila das mulheres fantasmas.


A lenda da Bruxa de Blair: Em 1634, é fundada a pequena vila de Blair, nas colinas de Black Hills, nos Estados Unidos. Mais de cem anos após a fundação da vila, em 1785, Elly Kedward é acusada de bruxaria. No ano seguinte, seus acusadores e metade das crianças da cidade desaparecem. Os outros habitantes, temendo uma maldição, abandonam a vila e juram nunca mais tocar no nome de Kedward. Mas era tarde demais... Quase meio século se passou e o mal que havia em Black Hills permanecera adormecido. Nesse meio tempo, em 1824, é fundada Burkittsville, distrito de Maryland, no mesmo local da antiga Blair. No ano seguinte, porém, onze pessoas afirmaram ter visto a mão de uma velha empurrar o garoto Eileen Treacle, de apenas 10 anos, para dentro do riacho Tappy East. O corpo do garoto nunca mais foi encontrado. O mal volta a se manifestar. Em 1886, Robin Weaver, de apenas oito anos, é dada como desaparecida. Cinco homens entram na floresta de Black Hills em busca da pequena Robin. Seus corpos são encontrados mais tarde, em Coffin Rock, todos amarrados, estripados e em avançado estado de descomposição.